vendredi 15 mai 2009

Artigo de Opiniao

Falhas na educação sexual
dos alunos: De quem é a culpa?

A educação sexual não é apenas uma informação sobre fenómenos biológicos dos nossos aparelhos reprodutores. É muito mais que simples informação.
Numa altura em que aumenta o numero de gravidez precoce e o índice de infecções por HIV/SIDA e DTS nas escolas é deveras importante questionar; o que está a falhar?
Afinal onde está a falha? Na abordagem dos assuntos relacionados a sexualidade? De quem é a culpa? Dos pais, professores, dos alunos, da sociedade, da Televisão ou dos encarregados de educação? Seria muito fácil procurar culpados para esta situação, onde apontaríamos dedos para os pais por não falarem abertamente sobre a sexualidade desde muito cedo com os filhos, ou os tabus que a sociedade transporta para escola e que são passados para os alunos pelos professores, assim como as situações de sexo explicito e não só que na televisão todos os dias são apresentadas aos alunos por vários programas televisivos.
Enfim deixando de lado as prováveis causas, posso afirmar que os pais e encarregados de educação, salvo raríssimas excepções, não sentem-se preparados, nem cientifica, técnica e humanamente para dar uma educação sexual aos filhos e a maioria nem sequer tem noção de que são eles os primeiros e principais educadores.
O que é facto, é que grande parte dos adultos não se sente suficientemente à vontade para falar sobre sexualidade, o que não favorece o clima empático proporcionador deste tipo de dialogo com os jovens.
Por outro lado a grande maioria dos professores não se sente preparada para assumir a responsabilidade de uma educação sexual e não oferecem uma visão integral do assunto aos alunos. Qualquer professor, de qualquer disciplina deveria estar preparado para abordar temas relativos à sexualidade nas suas aulas, visto que, é na escola onde os alunos passam maior parte do dia, e este é o local por excelência para a socialização das crianças e adolescentes, que deve proporcionar felicidade, realização pessoal, satisfação, promover dignidade humana e a educação sexual tem um papel preponderante em todas estas dimensões.
Portanto há que investir na formação técnica dos professores, pais e os auxiliares de acção educativa nesta área, com o objectivo de combater a falsa ideia de que educação sexual é sinonimo de experimentações precoces, o que é totalmente enganoso, porque quanto mais informados e formados nesta matéria estiverem os alunos, mais tardio é o inicio da vida sexual activa e mais responsável a suas decisões.

By: ELISEU CHIPACO

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