samedi 30 mai 2009

Nem tudo que brilha é ouro, nem toda água da para beber

Numa altura em que se fala tanto da necessidade de se incentivar hábitos de leitura, actualmente tidos como não estando num nível desejável, em fórum académico na minha faculdade focou-se a pouca leitura por parte dos estudantes a este nível. Tal facto aconteceu por causa das reclamações dos estudantes do curso de educação que supostamente lêem pouco em relação aos de comunicação que normalmente tem uma carga enorme de literatura para as suas aulas e testes, o que não é menos verdade. O estudante universitário é um investigador, leitor incessante na busca do conhecimento devendo faze-lo constantemente, não apenas em obras académicas relacionadas com o curso. A quem muito se dá, muito se espera. O estudante que lê muito também deve produzir em mesma proporcionalidade. Será que isto sempre acontece?

Voltando ao nosso caso na FEC, será que todos estes estudantes que leêm 500 paginas para um teste conseguem ler conseguem cerca de 200 paginas de um livro cientifico não relacionado aos conteúdos do bloco. Sem fazer uma pesquisa posso afirmar que não. A maioria não faria isso e com certeza nunca leu uma obra como forma de entretenimento ou busca in-cessante de conhecimento. A maioria perde noites a ler as quase 500 paginas ou mais apenas para ter boa nota nos testes, e por sinal conseguem mas se tivessem que ler uma outra obra não o fariam e concerteza nunca leram uma. Se tivessem que ler um artigo não liam na integra um artigo longo postado aqui no blogue, limitar-se-iam a ver as fotos. Será que um estudante universitário com este tipo de comportamento, tem habito de leitura?

Por isso vale lembrar o ditado que diz “Nem tudo que brilha é ouro, nem toda água da para beber”. Estudantes que lêem muito devem ter um vocabulário que justifica a quantidade de paginas lidas vocabulário cheio de palavras para serem ditas de baixo do cajueiro, como diz o Pe. Arlindo. Mais grave ainda quando um estudante do curso de comunicação não sabe, ou não conhece termos técnicos ou nunca ouviu falar de egotrip (será apresentado no próximo artigo). A titulo de exemplo para não ter que referir outros exemplos que seriam mais graves, como pode um estudante do curso de comunicação não saber o que é egotrip?
Este facto levou-me a escrever o presente artigo, primeiro para deixar claro que nem tudo que brilha é ouro, ou seja não é ler um livro de 500 paginas para um teste que nos faz mais universitários que os outros. Segundo porque a falta de hábitos de leitura, principalmente entre estudantes universitários, deve ser reflectida e debatida no seio da comunidade académica principalmente na FEC por forma a traçarmos estratégias que possam minimizar o problema, para que tenhamos estudantes que gostem de buscar incessantemente o conhecimento através da leitura e não nos orgulharmos com estudantes que lêem meio milhar de paginas para testes ou exames.

By: Eliseu Chipaco
echipaco@gmail.com
27-05-09

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